SERIA A LEI DE MOISÉS UMA AMEAÇA PARA A FÉ CRISTÃ?
Nesta
última porção queremos que você possa considerá-la um alerta
contra a má interpretação do termo “Lei de Moisés.”
Por
muitos anos a igreja foi instruída de que a Lei foi
substituída pela Graça, e isto é muito importante
ser avaliado, mas desde que o termo “LEI” seja corretamente
empregado.
Você já
percebeu que hora a Bíblia nos orienta em cumprir a lei e em outros
momentos
ela nos diz que ela foi encerrada? É muito confuso!
Porém
esta confusão pode
ser
esclarecida se utilizarmos a língua na qual o Novo Testamento foi
escrito: O Grego
Koiné.
Existem
várias palavras gregas utilizadas para se referir as leis contidas
na Bíblia,
entre
elas duas principais: Nomos e Entole.
Sempre
que a lei é criticada, e até condenada, a palavra para ela é
Nomos. Pois
Nomos
significa qualquer tipo de lei – νομος -
Qualquer costume, lei, comando; de qualquer lei (Dicionário
Strong.
G03551). Nomos deve ser
visto como um termo menos específico, não utilizado para se tratar
diretamente de uma lei, neste caso em questão, nomos
não seria o termo apropriado para tratar a Torá dada a Moisés. Não
que este termo não seja utilizado, mas quando um redator bíblico
deseja especificar o valor precioso da Torá, ele, ou melhor, eles,
optaram por outro termo.
Por isso
muitas vezes e principalmente na epístola
aos
Gálatas o termo nomos é tratado de
forma depreciativa por se tratar do legalismo, ou da
Lei
Judaica com seus acréscimos e tradições.
Mas o
termo Entole - εντολη
- comando, dever, preceito, injunção; preceito
relacionado com a linhagem, do preceito
mosaico
a respeito do sacerdócio; eticamente usado para se referir aos
mandamentos da lei mosaica.
(Dicionário
Strong
G01785) Ele
traduziria entole como “mandamento” que
curiosamente nunca é
criticado
em todo o Novo Testamento. Entole é
recomendado e enaltecido pelos redatores. A
melhor
tradução para o termo Entole seria mandamentos da Lei
de Moisés, ou seja: A Torá.
PAULO
E SUA POLÊMICA VISÃO SOBRE NOMOS E ENTOLE
Paulo nos
disse que a “Lei” (Nomos) seria o nosso tutor até Cristo:
“Antes
que viesse esta fé,
estávamos sob a custódia
da LEI, nela encerrados,
até que a fé
que
haveria de vir fosse revelada. Assim, a LEI foi o nosso TUTOR até
Cristo, para que
fôssemos
justificados pela fé. Agora, porém, tendo chegado a fé, já não
estamos mais sob
o
controle do TUTOR.”
(Gálatas 3.23-25)
Muitos
leem este texto e dizem que não devemos fazer nada contido no “Velho
Testamento” pois Cristo encerrou todo controle das antigas leis
sobre nossas vidas.
Esta
leitura é precipitada, pois quando Paulo diz que estávamos sob a “
custódia da
Lei”
ele quer dizer que estávamos sob a orientação da Lei Nomos (O
Legalismo Judaico)
que era
o “Tutor”, ou “Aio”
nosso. Este termo TUTOR – do grego παιδαγωγος –
pedagogos., refere-se a um guardião e guia de meninos.
Entre os
gregos e os romanos, o nome era aplicado a escravos dignos de
confiança
que eram
encarregados de supervisionar a vida e a moralidade dos meninos
pertencentes
à
elite. Aos meninos não era nem mesmo permitido sair de casa sem a
sua companhia até
que
alcançassem a idade viril.
Paulo usa
esta expressão para se referir ao fim do governo religioso
constituído por
homens
que criam regras em um regime legalista tão pesado que nem mesmo
eles
conseguem suportar.
Estamos
livres de um conjunto de regras humanas guiadas por pedagogos e
mestres
apegados a doutrinas criadas por eles mesmos. Este governo se encerra
em
Cristo
que agora é quem nos ensina a guardar os mandamentos da maneira
correta, sem
acréscimos humanos, religiosos e nem mesmo institucionais.
Devemos
observar os mandamentos da Lei de Moisés pelo ensinamento e exemplo
de
Yeshua o nosso único guia. Pela próprias palavras do Messias:
“Aquele que tem os
meus
mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama
será amado de
meu
Pai, e eu o
amarei, e me manifestarei
a ele.” (João 14.21)
Não
caiamos no erro de acreditar que não existem mandamentos mais a
serem
obedecidos. Jesus nunca disse isto e nem seus seguidores. Também não
entremos
debaixo
de outro jugo legalista imposto por religiosos carnais de nosso
tempo.
UMA
NOVA ALIANÇA
Quando
a
igreja
atual
afirma
de
que
estamos
debaixo
de
uma
nova
aliança
ela
está
correta.
Muitas
alianças
foram
feitas
com
os
hebreus
desde
os
dias
de
Adão,
como
Noé
e
o
Pai
Abraão
alianças
tem
sido
feitas
sendo
a
mais
famosa
a
aliança
do
Sinai
em
que
o
principal
símbolo
seria
O
Zebach
– sacrifício
de
animais.
Yeshua
traz
consigo
uma
Nova
Aliança
em
seu
sangue
(I
Coríntios
11.25)
e
ela
tem
um
determinante
peculiar
que
passa
despercebido
pela
igreja
atual
:
"Esta
é
a
aliança
que
farei
com
a
comunidade
de
Israel
depois
daqueles
dias",
declara
o
Senhor.
"Porei
minhas
leis
em
suas
mentes
e
as
escreverei
em
seus
corações.
Serei
o
Deus
deles,
e
eles
serão
o
meu
povo.”
(Hebreus
8.10).
Yeshua
é
A
Nova
Aliança,
e
esta
aliança
Brit,
este
aliançar,
este
pacto
ele
une
duas
parte
debaixo
de
termos
contratuais.
Esta
Brit
Hadashá
(Nova
aliança)
não
criou
novos
termos
apenas
modificou
a
forma
de
aproximar
as
partes.
Não
mais
sacrifícios
temporários
aproximariam
ou
religariam
Israel
ao
Eterno.
Diferente
disto
seria
o
próprio
sangue
do
filho
de
D'us,
Yeshua.
Mas
o
contrato
continua
o
mesmo,
porém
redigido
onde
ele
sempre
deveria
estar:
"Porei
minhas
leis
em
suas
mentes
e
as
escreverei
em
seus
corações.
Estas
leis foram dadas no Sinai e continuam intactas, mas sem a intromissão
de Nomos de rabinos ou pastores que criam suas próprias takanot,
suas próprias leis e doutrinas modificando a estrutura original que
D'us deu para o seu povo.
Yeshua
é
a
Torá
em
carne,
Ele
é
a
Torá
que
anda,
Ele
é
o
exemplo
de
como
colocar
a
Torá
Escrita
no
coração,
não
a
Torá
Oral
de
tradições
rabínicas,
quanto
mais
de
pastores
e
líderes
eclesiásticos
atuais.
Definitivamente
a Torá não foi abolida, mas sim os acréscimos rabínicos e
pastorais que receberam um status de sagrado tanto quanto a Bíblia.
Yeshua
não veio encerrar a Torá, mas plenificá-la, dar pleno sentido.
(Mateus 5.17)
Por
Pastor
Renato Cesar
Querido pr. Renato Cesar,saúde,tenho algumas considerações a ressaltar diante desse estudo,por sinal,mto edificante,porém,não concordo em alguns pontos qdo se fala do νομος (Lei),vale ressaltar que nem sempre essa palavra é colocado de forma depreciativa,porque,por que se realmente ela é colocada sob a ideia de legalismo ou mandamentos humanos,Yeshua não poderia ter falado em Mt. 5:17 "...que não veio revogar"... e sim ter falado de uma certa forma contra ela(acredito que nessa passagem,ele está citando a Torá),bom,em Mt.22:36, um intérprete da Lei (νομος)ou melhor,da instrução(Torah)de Moshé o consultou perguntando o maior εντολη(mandamento moral) do νομος(da Toráh{instrução ou ensinamento}de Moshé como um todo)ele prontamente respondeu e disse mais que toda o νομος(Toráh) e os profetas dependem dos dois mandamentos(εντολη). Em romanos 7:12 o rav Shaul(Paulo)disse e o redator ou copista grego escreveu o seguinte;"por conseguinte,a Lei( νομος )é santa e o mandamento(εντολη),santo,justo e bom",no versículo 14 fala que o νομος é espiritual,portanto, considerar que o νομος é meramente depreciado é tentar abnegar a Lei. Espero que me compreenda,na verdade Yeshua não depreciava as leis orais,ele apenas não concordava que fossem colocadas acima da Toráh.
ResponderExcluirQuerido Pastor Cesar achei interessante seu comentário "nomos" e "entole", mas nosso querido Apostolo Paulo em 2 corintios 3:7, Nos fala de um ministério de morte que foi gravado com letras em pedras ele esta se referindo aos 10 mandamentos, e em romanos 7 podemos observar que Paulo fala de lei e mandamentos que serviram apenas para mostrar, revelar o seu pecado e imputa-lo condenação, mas no final do capitulo 7 deu graças a Deus por Jesus Cristo que foi e sempre sera o unico que consegui cumprir todas as 613 Leis. e porque ele cumpriu toda a lei hoje atraves da fé nele somos justificados Romanos 5:1-2 entre outras referencias.
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